Ex-gerente é condenado por desviar mais de R$ 200 mil de empresa onde trabalhava, em Goiânia
23/01/2025
(Foto: Reprodução) Ele usou cartões de crédito da empresa e do sócio para comprar materiais de construção para a própria casa, segundo decisão da Justiça. Ele foi condenado em primeira e segunda instância. Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), no Setor Oeste, em Goiânia
Divulgação/TJ-GO
O ex-gerente financeiro de uma empresa de consultoria ambiental de Goiânia foi condenado pela Justiça de Goiás por desviar mais de R$ 200 mil do local onde trabalhava e dos sócios. O funcionário usou cartões de crédito da empresa e também do sócio para compras pessoais, conforme consta na sentença do Tribunal de Justiça de Goiás, a qual o g1 teve acesso.
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O g1 entrou em contato com a defesa do ex-gerente, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto.
Ele foi condenado em processo trabalhista e criminal, e deve ressarcir R$ 208.550,93 desviados às vítimas, como indenização pelos danos materiais sofridos. Dentre as compras feitas nos cartões, estão materiais de construção e consulta oftalmológica. Os advogados da empresa, Cassiano Peliz e Fernanda Andrade, afirmam que comprovaram as compras com notas fiscais.
“Tem as notas fiscais, tem o extrato do cartão, que mostraram essas compras dos materiais de construção, vara de pescar, todas essas coisas. Ele gastou com compras, tem até questões pessoais, bar, boate. Tem vários gastos nesse sentido”, disse Cassiano Peliz em entrevista ao g1.
A decisão foi do juiz Liciomar Fernandes da Silva, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão e Detenção, que considerou que houve crime de apropriação indébita em razão de ofício, emprego ou profissão em continuidade delitiva. Ele foi condenado em primeira e segunda instância. No criminal, não cabe recurso, mas na esfera trabalhista, ele ainda pode recorrer.
A sentença foi assinada em 22 de julho 2024, enquanto o acórdão (2ª instância) foi assinado em 8 de outubro de 2024. No entanto, o caso só foi divulgado na quarta-feira (22).
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O homem foi contratado como gerente administrativo-financeiro em 2018, e até 2022 - quando o uso dos cartões foi à esfera judicial e ele foi demitido - era responsável por contratos, contas a pagar e receber, negociações bancárias, pagamentos de funcionários, fornecedores, prestadores de serviços, e toda parte administrativa e financeira.
Ele tinha acesso a notas fiscais, faturas de cartões e o quadro de funcionários. Segundo a decisão, ele fazia seus próprios pagamentos por cheque, sem fazer os descontos necessários, e ainda concedeu benefícios da empresa a funcionários não autorizados.
Cartões de crédito
No documento consta que o sócio informou as senhas dos cartões para que o ex-gerente pudesse usá-los em casos emergenciais e mediante a prévia autorização dele. No entanto, estes foram utilizados para compras pessoais.
O ex-funcionário, conforme consta na sentença, admitiu parte das compras, mas alegou que o sócio tinha conhecimento do ocorrido e que havia o presenteado com R$ 63.000,00 para serem utilizados na compra de materiais de construção usados para reformar a residência dele.
“No processo ele alegou que o proprietário da empresa tinha prometido a ele R$ 63 mil. Ele confessou quanto a 63 mil reais. Então, ele achou que ele podia gastar isso”, disse Cassiano.
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