CoopsParty Summit Goiás reúne 1,5 mil pessoas no Centro de Convenções da PUC
22/11/2024
(Foto: Reprodução) Governador Ronaldo Caiado abriu o maior evento de inovação do cooperativismo brasileiro, em Goiânia Luís Cláudio, diretor do MundoCoop, fala na abertura do evento.
Cristiano Borges
O CoopsParty Summit Goiás reuniu, nos dias 18 e 19 de novembro, mais de 1,5 mil pessoas, no Centro de Convenções da PUC Goiás. O evento é uma realização do Sistema OCB/GO, em parceria com MundoCoop, Wex, PUC/GO e Sebrae Goiás. O governador Ronaldo Caiado fez a palestra de abertura do maior evento de inovação do cooperativismo brasileiro. Ele destacou o protagonismo de Goiás em inovação e a importância dos investimentos em novas tecnologias para melhorar a eficiência dos setores público e privado.
Enfatizou ainda o papel do cooperativismo na economia goiana e no fortalecimento de um ecossistema estadual de inovação. “Queremos transformar Goiás em um centro de referência nas áreas de tecnologia e inovação. Queremos que nossos trabalhadores e nossas empresas colham resultados cada vez melhores, o que chegará exatamente pela profissionalização no trato com a tecnologia”, disse o governador.
O palestrante Dado Schneider, escritor, pesquisador e doutor em Comunicação pela PUC/RS, apresentou os desafios e o papel da geração Z (nascidos entre 1995 e 2012) no mercado de trabalho. Especialmente as dificuldades que enfrentam para se adaptarem às antigas estruturas de trabalho, que perduram ainda hoje. “Como as nossas estruturas e formas de trabalhar não mudaram, eles se sentem completamente desajustados e não gostam de trabalhar com a gente.”
Dado Schneider faz alerta sobre a Geração Z
Sílvio Simões
Segundo o pesquisador, a Geração Z é a primeira que não admira profissionalmente as gerações anteriores. “Nós não somos exemplo para eles, porque estamos sempre estressados”, provoca. A Geração Z, afirma Schneider, veio a bordo da agenda do século 21, que traz consigo temas como sustentabilidade, inclusão, diversidade, compartilhamento e cooperação. “A cooperação é um dos principais pontos que caracteriza a geração Z, mas o cooperativismo tem que se comunicar e mostrar seus atributos para atrair cooperados e colaboradores desta geração.”
Superação
Especialista em marketing, agronegócio, liderança e motivação, José Luís Tejon destacou que o cooperativismo, desde o seu surgimento, se caracterizou pela transformação. Evoluindo de uma situação de sofrimento e incerteza para a superação. “Reúne pessoas a partir de uma visão filosófica da construção por meio da ciência, da tecnologia, da gestão e do conhecimento humano com a missão espetacular de não deixar ninguém para trás e é disso que estamos tratando aqui hoje.”
Tejon enfatizou que uma cooperativa tem regras, governança e fundamentos. “Onde há uma cooperativa bem liderada, temos prosperidade para toda a comunidade. O mundo tem a missão hoje de elevar a qualidade de vida de cerca de 4 bilhões de seres humanos e o método para isso é o do cooperativismo,” afirmou.
José Luís Tejon destacou a transformação no cooperativismo
Cristiano Borges
Painéis
Nos debates promovidos simultaneamente nos três painéis do evento, um dos destaques desta segunda-feira foi a discussão do tema “2025: O Ano do cooperativismo”. Contou com a participação de Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, Tania Zanela, superintendente da OCB Nacional, e do jornalista Bruno Rocha Lima como mediador. Os debatedores exploraram, dentre outras vertentes, o Ano Mundial do Cooperativismo, que será celebrado em 2025, conforme definido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Painel “2025: O Ano do cooperativismo”
Sílvio Simões
Para os debatedores, essa será uma oportunidade para o setor divulgar a filosofia cooperativista, que preza pela sustentabilidade e inclusão socioeconômica das comunidades. Essa agenda será potencializada pelo fato de 2025 ser também o ano da COP-30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025. O evento será uma grande vitrine para o Brasil e especialmente para o cooperativismo, pelo modelo de negócios conectado à agenda ambiental.
